quinta-feira, 21 de julho de 2011

Pontos Turísticos em Costa Marques - Rondônia

Galeria de fotos
Igreja Católica

[ampliar]
Essa é a igreja catolica, a única de Costa Marques :"

Igreja Assembleia de Deus

[ampliar]
Essa é a Igreja dos crentes em Costa Marques. Além de muitas outras, essa é uma das Igrejas mas movimentadas por vários protestantes em Costa Marques.

Beira do Rio

[ampliar]
Essa é a beira do rio ...
Costa Marques, apesar de ser uma cidade maravilhosa, tem fronteira com a Bolívia, por isso que as pessoas que nascem em Costa Marques são chamados de ´beradeiros` :)

Forte Real Principe da Beira

[ampliar]
Esse lugar é aonde tem a fortaleza, um dos principais pontos turísticos de Costa Marques.
Dentro dessa comunidade tem a Realeza, que foram os escravos que construiram ...
Vocês precisam ver de perto :)

Praia Fluvial

[ampliar]
Isso aqui é quando em Costa Marque, essa pequena cidade, tem praia. É tudo de bom :)

Paróquia do Divino Espírito Santo - Costa Marques

 
Historia  da Paróquia do Divino Espírito Santo
História da Devoção e Evangelização
Em 1894, iniciou-se a devoção ao Divino Espírito Santo, por iniciativa dos negros dos povoados de Ilha das Flores e de Rolim de Moura do Guaporé. Tradição religiosa e folclórica de uma rara beleza e riqueza.
Em 1928, o Evangelho já estava sendo anunciado nesta região ribeirinha do Vale do Guaporé, diz o Sr. Ursulino, antigo morador de Porto Murtinho, no Rio São Miguel. Ele foi crismado por Dom Luiz Maria Galibert, Bispo de Cáceres MT, naquele mesmo ano de 1928.
Em 1932, D. Francisco Xavier Rey, auxiliado pelos franciscanos da TOR, iniciou um trabalho mais sistemático de Evangelização nesta região, com as "desobrigas", visitas que faziam, subindo e descendo os rios Mamoré e Guaporé e seus afluentes. As professoras escolhidas por D. Rey, formadas pelas Irmãs Calvarianas, foram sempre presença ativa, animando as comunidades ribeirinhas.
Foi em 1964 que houve a instalação e posse do 1º Pároco de São Sebastião, Pe. João Maria Jammes, diocesano francês que deu continuidade aos trabalhos das desobrigas iniciadas por D. Rey. O Pe. Jammes visitou regularmente, durante 11 anos, todos os recantos do Alto Guaporé.
Em 1975, D. Roberto constituiu a "Equipe Fluvial" permanente com o Pe. Geraldo Verdier e as Irmãs Calvarianas: Maria Emília e Euza, para o atendimento sistemático daquelas comunidades ribeirinhas.
Em 1976, o Pe. Paulo Verdier assumiu a Paróquia São Sebastião, de Costa Marques e a Direção da Irmandade do Divino.
Em 1978, com o auxilio do casal missionário francês, Maguy e Máximo Domergue, fundou o Jardim de Infância "Beija Flor", para as crianças carentes da cidade. Neste mesmo ano, as Irmãs de N. Sra. do Calvário fundaram uma casa em Costa Marques.
Em 1983, Pe. Paulo e a equipe fluvial, com a Ir. Zita, Calvariana, e Ir. Salete, Irmãzinha da Imaculada, em missão no rio São Miguel, conseguiram alcançar a estrada (rodovia 429) que os levou até o povoado de São Miguel do Guaporé, onde se encontraram com Dom Geraldo. Este veio pela nova estrada rasgada na mata, de Presidente Médici a São Miguel.
Só a partir de 1985 quando a BR 429 chegou a Costa Marques, trazendo muitas famílias com a migração do Sul do País, foram possíveis visitas regulares a São Miguel, Bom Princípio (hoje Seringueiras) e às novas comunidades que surgiam. Foi uma época de fortes migrações e aumento da população de Costa Marques. Não faltavam, igualmente, muita malária, violência e abandono de terras!
Em 1987, foi fundada a Comunidade das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, que assumiram a missão fluvial e as comunidades rurais.
A partir de 1988, o Padre Damião e Irmã Rosalina ficaram responsáveis pelas comunidades rurais; dentre elas, a que mais se desenvolveu, São Francisco do Guaporé, a 110 Km. de Costa Marques.
 
Criação da Paróquia do Divino Espírito Santo
Em 1990, extingue-se a Paróquia São Sebastião, que se torna Paróquia do Divino Espírito Santo. No mesmo ano foram realizadas a benção e inauguração daquele belíssimo Santuário dedicado ao Senhor Divino Espírito Santo, sobretudo graças ao empenho do Pe. Paulo.
Em 1994, veio o Pe. Sebastião França, das Igrejas - Irmãs do Paraná. Foi em 1995 que o Pe. João Picard, da Diocese de Perigueux (França), se tornou o Pároco de Costa Marques.
 
Distrito de São Domingos
No Km 58 da BR 429, entre São Francisco e Costa Marques, nasceu o Distrito de São Domingos do Guaporé.
Agora este Distrito é uma Quase-Paróquia com mais de 180 famílias e 5 comunidades rurais. O povo de São Domingos é o resultado de uma migração interna no próprio Estado de Rondônia. Os migrantes vêm de Cabixi, Colorado, Corumbiara, Cerejeiras, Presidente Médici, Alvorada do Oeste...
Tudo indica que essa migração irá aumentando... Em 2.001, existiam 33 comunidades e 10.208 habitantes.

Praias de agua doce Costa Marques

Costa Marques /RO

    Costa Marques se localiza ao sul de Rondônia, próximo a fronteira com a Bolívia. A cidade tem atrativos históricos dentro da floresta amazônica. Na metade do século XIX, os lusos brasileiros se estabeleceram em arraiais de mineração de ouro, construíram o forte de Conceição e posteriormente para substituir, o Real Forte Príncipe da Beira, que é o principal ponto turístico. Além do Forte, há também passeios para a Reserva Extrativista de Curralinho, é uma caminhada pela floresta para conhecer o corte artesanal da seringueira e coleta do látex para produção de borracha, e para Base de Quelônios, berçário de tartarugas amazônicas. COMO CHEGAR O acesso pode ser feito por via área a partir de Guajará-Mirim ou Ji-Paraná. A estrada de terra, BR-429, tem 350 km a partir de Presidente Médici, e só é trafegável de abril a novembro. Distância: Porto Velho: 756 km

Costa Marques

O Forte foi tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 30/Nov/1937.

O Real Forte Príncipe da Beira, na margem direita do rio Guaporé, fronteira natural entre o Brasil e a Bolívia, é o mais antigo monumento histórico de Rondônia. Sua construção foi iniciada em 2 de junho de 1776 pelo engenheiro Domingos Samboceti, que faleceu de malária durante a obra; e concluída em 20 de agosto de 1783 pelo capitão engenheiro Ricardo Franco de Almeida e Serra.

Sua construção teve o objetivo de consolidar a posse da coroa portuguêsa sobre as terras à margem direita dos rios Guaporé e Mamoré, no extremo noroeste do Brasil. Localiza-se há mais de 3.000km do litoral, em ponto ainda hoje de difícil acesso, e em pleno coração da grande floresta Amazônica. Suas coordenadas geográficas são: 12° 25' 47'' de latitude sul, 64° 25' 22" de longitude oeste, e a altitude 220m.

Ao início da obra, disse dela o Governador da Província de Mato Grosso Luis Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, em junho de 1776: "A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei, nosso Senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalho que dê,... é serviço de Portugal. E tem de se cumprir."

A ata da cerimônia de lançamento consagra os quatro baluartes que teria a fortificação a Nossa Senhora da Conceição e Santa Bárbara, adjacentes ao rio; a Santo Antonio de Pádua e Santo André Avelino, os que corresponderiam aos anteriores, nesta ordem, voltados para a floresta.

O Forte é um quadrado com 970m de perímetro, muralhas de 10m de altura e seus quatro baluartes são armados, cada um, com quatorze canhoneiras, construído de acordo com o sistema Vauban. No entorno, um profundo fosso somente permitia ingresso através de ponte elevadiça que conduzia a um portão com 3m de altura, aberto na muralha norte. No interior haviam quatorze residências para o comandante e os oficiais, além de capela, armazém e depósitos.

Uma lápide à entrada do Forte diz, em latim:
"Sendo José I, Rei fidelíssimo de Portugal e do Brasil, Luis Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, por escolha da Majestade Real, Governador e Capitão Geral desta vastíssima Província de Mato Grosso, planejou para ser construída a sólida fundação desta fortaleza com o Augustíssimo nome do Príncipe da Beira com o consentimento daquele Rei fidelíssimo e colocou a primeira pedra no dia 20 de junho do ano de Cristo de 1776. ...".

Apenas para deixar evidente os imensos sacrifícios exigidos para sua construção: quatro de seus canhões, de bronze e calibre 24, enviados de Belém do Pará em 1825, através do rio Tapajós, levaram cinco anos para alcançar seu destino.
O Forte dista 25km da cidade de Costa Marques, e 750km de Porto Velho.

Foi abandonado em 1889, já na República, e permaneceu em absoluto abandono cerca de 40 anos, sendo saqueado e invadido pela floresta. Em 1914 foi reencontrado pelo então Major Rondon, que retornou em 1930 e construiu as instalações da unidade militar que acantonou ao lado das ruínas.

Na masmorra sombria do velho Forte, com janelas de grossas grades, e argolas cravadas na parede, ainda se lê, gravadas nas paredes (respeitando a ortografia dos autores):

No dia 18 de Set. pelas 2 da tarde tremeo a terra 1852.

A Deus ingrata prizão
De ti me despesso obriozo
Tendo suportado gostozo
Em ti a mais dura aflição (ass Juvino)

"Nesta triste e Horrorosa prisão
Vive o pobre e Enfeliz Pacheco
Com groça e comprida corrente ao pescoço.
Mato Groço me prendeo
A Fortaleza me cativou
Preso e cativo estou
De quem tanto me favoreceo
Grande satisfação tevi
Quando em liberdade
Agradecer a boa vontade
Com que alguns senhores
Me fazem seus favores
Nesta minha advercidade
Neste desterro desgraçado
Em que a çorte me lançou
muito agradecido estou
a tropa e o povo honrado
agradecido e obrigado
as esmolas que me teem feito
Capitão Cunha em meu peito
o teu nome tenho gravado
e nele conservado
ca ahonde do Brasil
o reino principia
provincia de Mato Groço
assim chamada
nesta abobada imunda inabitada
noite e dia
com groça e comprida
corrente fria
tem seu colar
no pescoço pendurada
com dois mantos
escolhidos e emprestados
pelos maiores
quena terra havia"

(obs: nada se sabe da sorte do infeliz Pacheco)

O Forte foi tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 30/Nov/1937.

Mais histórias

Um enorme monumento de pedra no meio da floresta amazônica. Esse é o Real Forte Príncipe da Beira, construído pela Coroa Portuguesa à margem direita do rio Guaporé para garantir a dominação deste território e evitar invasões espanholas.
O forte foi inaugurado em 1783, mesmo sem estar concluído. O gigante de pedra já serviu de quartel militar e prisão para degredados políticos. Hoje, desativado, está sob a guarda do Exército brasileiro e é ponto turístico do Vale do Guarporé, no município de Costa Marques. Ainda hoje o forte impressiona pela grandeza, construído sobre um quadrado de 1.189,5 metros de face, com quatro baluartes de 59 metros e sobre 48 metros na maior largura.

História do Forte

Ao assumir como 4º governador da província do Mato Grosso, Dom Luís de Melo Pereira e Cáceres, fora incumbido de administrar a região considerada de maior importância para os interesses de Portugal, conservando a posse do Fortim de Bragança e toda a margem direita do rio Guaporé.
 
    Luís de Cáceres organizou, em 1775, a expedição comandada pelo Sargento-Mor João Leme do Prado, que subindo pelo rio Corumbiara, cortou a Serra dos Pareci, até chegar aos rios que correm em direção ao norte, sem contudo encontrar as jazidas de ouro que diziam existir na região pesquisada.
    D. Luís de Cáceres, com grande comitiva, desceu o rio Guaporé e verificou que a fragilidade do Forte de Bragança não oferecia resistência aos ataques castelhanos e resolveu construir uma fortificação que inspirasse o respeito que a coroa portuguesa merecia.

   O local escolhido para a construção ficava, aproximadamente, a 1500m distante da antiga fortificação e, em 20 de julho de 1776, foi lançada a pedra fundamental do futuro forte, cuja construção ficou a cargo do engenheiro Domingos Sambucetti.

    A importância dessa construção pode ser avaliada pelas palavras de D. Luís de Cáceres:

"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei, nosso Senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil, por mais trabalho que isso dê, é serviço de Portugal. E tem de se cumprir".

    O forte do Príncipe da Beira foi construído no sistema Vauban, sobre um quadrado de 1189,5m de face, com quatro baluartes de 59m e sobre 48m na maior largura. As cortinas que os ligam dois a dois têm cada uma 92,04m de extensão, à borda do fosso. O fosso varia de largura guardando, porém efetiva a profundidade de 2m a frente e o flanco esquerdo de 30,02m de largura. Junto aos baluartes tem de 1,5m a 2m, com exceção ao da esquerda, Conceição, que é de 9m. Em frente ao portão atravessa o fosso, uma ponte de 31m, parte da qual, na extensão de quase 4m, é levadiça e recolhe-se ao Forte. O portão fica no meio da cortina norte e, na face ocidental e paralela ao rio há uma poterna (porta falsa) que se abre para o fosso. Cada baluarte tem catorze canhoneiras: 3 em cada flanco e 4 em cada face. A gola é de 22m e de 8,02m a altura das muralhas da esplanada ao fosso.

   Existiam 14 residências no seu interior destinadas ao comandante e oficiais além de capela, armazéns e depósitos, bem como alojamento dos soldados em serviço, prisão e poço. Fora havia residências para soldados e as barracas dos escravos e índios.

    Domingos Sambucetti que havia sido cedido pelo governo do Grão Pará, não chegou a concluir a construção do Forte, faleceu acometido de malária no ano de 1780. Foi substituído pelo Tem. Cel. e Engenheiro Ricardo Franco de Almeida Serra, que fazia parte da Comissão de Limites, constituída em função do Tratado de Santo Idelfonso.

  Na construção foi empregada a pedra canga existente na região, depois de lavrada em paralelepípedos de meio metro; o calcário foi trazido de Vila Bela e Grão Pará.

   A cerimônia de inauguração foi realizada em 20 de agosto de 1783 com a presença de D. Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres e autoridades de Vila Bela e Cuiabá. Assumiu o comando da guarnição o Capitão de Dragões da Companhia de Goiás, José de Melo de Souza castro e Vilhena.

  A artilharia necessária não estava completa. Quatro canhões de bronze, calibre 24, foram enviados do Grão Pará, em 1825, através do rio Tapajós e, somente chegaram ao destino 5 anos depois, conforme consta de documentos existentes na Seção de Serviço de Patrimônio do Comando Militar da Amazônia.

  Com a proclamação da República, em 1889, o Forte do Príncipe da Beira que tinha como principal função ser a prisão para degredados foi abandonado e entregue à pilhagem, principalmente por parte dos Castelhanos e, somente nos primeiros dias de junho de 1919, segundo o relatório da Comissão, foi visitado por Cândido Mariano da Silva Rondon que o encontrou totalmente envolto pela floresta.

   Graças a intervenção de Rondon o Exército brasileiro passou a se fazer presente no local em 1932, quando foi criado o Contingente Especial de Fronteira do Forte do Príncipe da Beira, transformado em 7º Pelotão de Fronteira, em1954.

  Nas ruínas ainda podem ser vistas lembranças de antigos prisioneiros, escritas com finos estiletes, palavras que dizem assim:

"Adeus ingrata prisão
De ti me despesso abriozo
Tenho suportado gostoso
Em ti a mais dura aflição"
(Ass. Juvino)
Ou ainda:
"Nesta triste e honrosa prisão
Vive o pobre e infeliz Pacheco
Com grossa e comprida corrente ao pescoço"
.